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Finalizado
Restaura Caatinga
Teve como objetivo fortalecer a restauração de ecossistemas na Caatinga, com a aplicação de técnicas inovadoras e capacitação de comunidades locais.
Localização
Comunidade
A Caatinga é permeada por histórias do sertanejo e do semiárido, porém há dificuldades de produzir na terra. Os episódios de seca extrema, as altas temperaturas e a exploração humana têm levado seus ecossistemas à desertificação, e os programas de restauração sofrem com a alta mortalidade de plantas.
Para contornar esse dilema, o Laboratório de Ecologia da Restauração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, coordenado pela professora Gislene Ganade, desenvolveu uma inovadora técnica de combate à desertificação que utiliza mudas com raízes alongadas para aumentar, em até 70%, a taxa de sobrevivência das espécies plantadas.
A técnica conta com dois (02) projetos pilotos em áreas de até 05 hectares em monitoramento. Hoje, o objetivo é escalonar essa metodologia eficaz, disseminando para atores que tenham participação em grandes processos de restauração, como empresas e empreendimentos que precisem cumprir com reposição florestal e compensação ambiental, e órgãos públicos responsáveis por orientar e fiscalizar esses projetos.
A região escolhida perdeu 18% da sua cobertura vegetal entre 2001 e 2019, e é permeada por RPPNs que não possuem zonas de amortecimento. Além disso, são 40 comunidades e 3.600 famílias vivendo ali, dentre comunidades indígenas, ribeirinhos e assentamentos da reforma agrária, que dependem dos serviços que a natureza presta para sua sobrevivência e têm suas principais atividades econômicas relacionadas à agricultura de subsistência.
Com este projeto, essas comunidades foram envolvidas nos processos de desenvolvimento das atividades, dotando-as de condições para adaptação à semiaridez e promovendo o desenvolvimento local sustentável aliado à conservação da biodiversidade e geração de renda.
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Espécie
Foram utilizadas espécies nativas de árvores com potencial para recuperação de áreas degradadas. O consórcio de espécies utilizadas nas atividades de restauração foi definido em conjunto com o Laboratório de Ecologia da Restauração da UFRN, após avaliação das condições ambientais da área a ser restaurada.
Algumas espécies são:
Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia)
Mutamba (Guazuma ulmifolia)
Jurema branca (Piptadenia stipulacea)
Jurema preta (Mimosa tenuiflora)
Angico (Anadenanthera colubrina)
Catingueira (Cenostigma pyramidale)
Juca (Caesalpinia ferrea)
Tamboril (Enterolobium contortisiliquum)
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Atividades
Promoção do 1º Curso Avançado de Restauração Ecológica da Caatinga
Curso para disseminação do que há de mais moderno e avançado em técnicas para a restauração efetiva de áreas degradadas em regiões semiáridas, para diversos atores que tenham influência e participação na cadeia de restauração, como representantes de ONGs, secretarias do meio ambiente, instituições de pesquisa e setor privado. O curso foi ministrado pela Dra. Gislene Ganade, responsável pelo desenvolvimento da técnica premiada com o certificado “Dryland Champions Brazil” da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação.
Consolidação do Ponto de Treinamento de Coletores de Sementes
Expansão do potencial da Rede de Sementes da Caatinga, colocando em operação a infraestrutura do ponto de treinamento que já existe dentro da Reserva Natural Serra das Almas a partir da atuação de coletores treinados para alimentar projetos de restauração na região com mudas e sementes. Para isso, foi promovida a formação das comunidades do entorno para a coleta e beneficiamento de sementes, e identificação de espécies nativas da Caatinga junto com organizações e comunidades que vivem no entorno da Reserva.
Restauração e/ou enriquecimento de 20 hectares do Bioma Caatinga
Restauração de 20 hectares de ecossistemas da Caatinga dentro e no entorno da RPPN Neném Barros, em Crateús, em um recorte destacado para ser protegido, garantindo a proteção da biodiversidade, manutenção de corredores ecológicos e controle do efeito de borda. A técnica implementada foi desenvolvida pelo Laboratório de Ecologia da Restauração da UFRN, coordenado pela Professora Dra. Gislene Ganade, e consiste no uso de mudas de raízes longas apoiadas por tubos de PVC, e plantio em locais individualmente hidratados, garantindo maiores taxas de sobrevivência mesmo nas piores secas.



















Impacto
2.736
hectares de áreas degradadas com potencial para restauração mapeadas no Ceará
20
hectares de ecossistemas florestais degradados em processo de restauração na Caatinga
80
horas de cursos sobre restauração e coleta de sementes ministradas para atores de interesse
84
atores capacitados, dentre ONGs, setor público e privado, para implementar técnicas inovadoras de restauração da Caatinga
22
agricultores, estudantes, educadores ambientais e multiplicadores das comunidades do entorno da RNSA capacitados para coleta e beneficiamento de sementes
40
famílias indiretamente beneficiadas pela promoção de serviços ecossistêmicos ofertados pelos ecossistemas restaurados da região e pela geração de renda em torno do cilco da restauração
80%
de taxa de sobrevivência das mudas com a técnica inovadora, em comparação aos 50% atingidos na média para a técnica convencional

Celeo Redes
Responsável pelo aporte financeiro do projeto, a Jauru Transmissora de Energia S.A. é uma companhia de transmissão de energia da Celeo, grupo que atua na transmissão e geração de energia renovável, com atuação em mais de 10 estados brasileiros.

Associação Caatinga
Fundada no Ceará em 1998, com o apoio do Fundo Samuel Johnson para a Conservação da Caatinga, tem a missão de promover a conservação das terras, florestas e águas deste bioma, garantindo a permanência de todas as suas formas de vida. Atua há 25 anos na conservação e valorização da única floresta exclusivamente brasileira, ameaçada e que concentra a maior biodiversidade entre as regiões semiáridas no planeta.

VBIO.eco
Plataforma de bioeconomia que viabiliza projetos de valorização da biodiversidade brasileira. Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 12 anos de experiência em gestão de projetos e comunicação corporativa. Sua atuação já viabilizou a operação de 23 projetos de valorização da biodiversidade, e criou uma rede de mais de 500 organizações e empresas atuantes na causa socioambiental.