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Finalizado

Ecologia Molecular das Antas

Focou na conservação da anta no Contínuo Ecológico de Paranapiacaba. A pesquisa analisou a diversidade genética das populações de antas, especialmente aquelas com albinismo, um sinal de endocruzamento e perda genética.

Bioma

Mata Atlântica

​Área de interesse

Proteção da Fauna e Flora

Duração

12 meses

ODS

Localização

Comunidade

Boa parte das ameaças às populações de antas estão presentes na região do CEP - Contínuo Ecológico de Paranapiacaba. A sua Zona de Amortecimento é caracterizada por diversos bairros e comunidades rurais, tendo como característica geral a baixa atividade econômica e dificuldade de acesso aos serviços públicos, fatores que favorecem a ocorrência de pressões diretas e indiretas sobre a área e os recursos naturais.

A grande incidência de indivíduos de antas albinas na região indica provável perda de diversidade genética em função da redução populacional da espécie, ao mesmo tempo em que o albinismo confere menor expectativa de vida em animais em habitat selvagem. Antas albinas geralmente são resultados de endocruzamento, o que significa que as populações estão tão reduzidas ou isoladas que a reprodução acaba acontecendo entre indivíduos aparentados. Isso faz com que a diversidade genética seja reduzida, o que traz impactos negativos para a adaptabilidade e sobrevivência desses animais.

A redução populacional das antas pode desencadear alterações significantes nos processos ecológicos da região. Através dos dados genéticos coletados e analisados no projeto, serão obtidos dados ecológicos para a espécie, como o grau de parentesco entre os indivíduos de cada área, incluindo a análise de parentesco entre os indivíduos com albinismo. Os dados obtidos subsidiarão a elaboração de planos de ação e ações de manejo, a fim de reduzir o declínio populacional ou até mesmo evitar a extinção local da espécie, além de contribuir com ações do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ungulados.

Espécie

Anta (Tapirus terrestris)


A anta é uma espécie-chave, pois exerce uma importante função no ecossistema, moldando a estrutura e função da paisagem e do ambiente em que ocorre.

Por possuírem um ciclo reprodutivo longo, com 13 a 14 meses de gestação e apenas um (01) filhote por ciclo, a espécie é muito vulnerável a pressões antrópicas, possuindo baixa capacidade de resiliência. Por isso, hoje está classificada como “vulnerável” à extinção no Brasil.

Na Mata Atlântica, a situação se encontra mais preocupante devido ao intenso processo de perda de habitat e fragmentação que o bioma sofreu ao longo dos anos, acrescido do fato de a espécie necessitar de grandes territórios para sua sobrevivência. Além desses, diversos outros fatores afetam a sobrevivência da anta na Mata Atlântica, mesmo em áreas protegidas, como: a caça, proximidade de animais domésticos que resultam em ataques ou transmissão de doenças, atropelamento e conflitos com agricultores.

Atividades

Análise de parentesco entre os indivíduos albinos


Essa atividade identificou a partir de materiais genéticos previamente coletados da área de estudo, o parentesco entre os indivíduos albinos identificados, a fim de verificar se os mesmos são geneticamente relacionados e se existe maior grau de parentesco entre eles em relação aos indivíduos não albinos.

Para isso, foram executadas análises de laboratório como extração de DNA, amplificação de locos de microssatélites e genotipagem.

Impacto

36

amostras amplificadas, genotipadas e analisadas quanto ao grau de parentesco


01

folder com procedimento de coleta de material biológico desenvolvido

Legado das Águas


Maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil, com 31 mil hectares, é reconhecida como Posto Avançado da Biosfera da Mata Atlântica, administrada pela Reservas Votorantim LTDA. e mantida pela Votorantim S.A. Trata-se de um território raro, em estágio avançado de conservação e de um escudo natural para o recurso hídrico, onde são desenvolvidas ações de pesquisas científicas ligadas à conservação da fauna e flora da Mata Atlântica e atividades da nova economia como a produção de plantas nativas e o ecoturismo.

Laboratório de Biodiversidade Molecular e Conservação - UFSCar


O LabBMC desenvolve estudos de Biologia Evolutiva, Genética de Populações e Genômica focados na Biodiversidade e sua Conservação. Ele está localizado no Departamento de Genética e Evolução (DGE), na UFSCar, campus São Carlos.

VBIO.eco


Plataforma de bioeconomia que viabiliza projetos de valorização da biodiversidade brasileira. Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 12 anos de experiência em gestão de projetos e comunicação corporativa. Sua atuação já viabilizou a operação de 23 projetos de valorização da biodiversidade, e criou uma rede de mais de 500 organizações e empresas atuantes na causa socioambiental. 

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